domingo, 15 de julho de 2012

Estudo sobre a Construção da Família



Estudo Bíblico
A Construção da Família

"Genesis 2:24"


Introdução
A família foi à primeira das instituições humanas formadas e estabelecidas por Deus na terra, e a mais importante delas.
A junção de famílias forma a sociedade. E, portanto, o comportamento da sociedade é o reflexo das famílias que as forma, e este comportamento difere de acordo com os grupos de família, em relação a sua formação cultural, religiosa e geográfica.
     Foi e é a vontade de Deus ao instituir a família, que a terra esteja povoada de homens justos, retos e de coração puro (Sl 15). E, para isto, Deus estabeleceu as normas (mandamentos) e as regras (diretrizes) a serem obedecidas pelo homem, a fim de que, pela obediência se tornem felizes, e se cumpra o real sentido da família, (Sl 128).
    Por conseguinte, é necessário que os membros das famílias estejam firmados na palavra no Senhor (Mt 7:24,25) e, tornem-se uma família firme e justa, para que possa influenciar a sociedade em que vivem, moldando-a segundo a palavra de Deus.
    E assim, Deus conta com a disposição dos pais em servi-Lo e para ensinar os seus filhos desde pequenos no caminho em que devem andar. (Pv. 22:6).


1. A família


1.1 - Primeira instituição Divina - "Gn 2:18, 21, 22 e 24".
    A família foi a primeira das instituições formadas por Deus. Após Ele ter criado os céus e a terra bem como tudo que há tanto nos céus como na terra, e o homem para governá-la (cuidando e cultivando), o Seu segundo passo foi a formação da família. "Gn 2:18 – Disse o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma adjutora que esteja como que diante dele". "Gn 2:21,22 - Então, o Senhor Deus fez cair um sono pesado sobre Adão, e este adormeceu; e tomou uma das suas costelas e cerrou a carne em seu lugar. E da costela que o Senhor Deus tomou do homem formou uma mulher; e trouxe-a a Adão". Gn 2:24 - Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne".
    Quando o Senhor Deus criou Adão, estava em seu projeto a formação da família, assim como de cada espécie de animal havia um par, ou seja, um casal, com o homem não poderia ser diferente, houve a necessidade de que o homem não fosse único no cenário da existência; afinal - agradara a Deus ter criado entre todas as demais criaturas um ser que detivesse em seu caráter as características do caráter do próprio Deus. Este ser especial não poderia ser único. Portanto, a família foi formada com o propósito de procriar e encher a terra desta espécie que de forma tão particular foi formado pelas mãos do próprio Deus.


1.2 – A mais importante instituição - "Hb 13:4".
    A família precede o governo e a igreja, que foram a segunda e a terceira instituição humana formada por Deus. A superior importância da família dentre estas três instituições se dá, porque são dos membros das famílias que são formadas estas organizações, sem a família não existiria evidentemente nem o governo e nem a igreja. Como célula mãe da sociedade organizada, a família deve ser venerada. O escritor da carta aos hebreus cap. 13:4 faz a seguinte declararão: "Digno de hora entre todos seja o matrimônio" (união conjugal), que dá origem a família.
    Devemos nos atentar mais para importância que tem a família, porque a estrutura familiar estabelece o equilíbrio da sociedade e do governo. Se quisermos ter uma sociedade formada por pessoas de bem e um governo justo, temos que valorizar a grande importância da principal instituição do mundo que é sem dúvida a família, atentando-nos para os princípios que a estabelece. Conforme a seguir.


1.3 – Princípios Bíblicos que estabelece a boa formação da família - "Gn 2:24".
    Deus estabeleceu princípios que devem ser respeitados na construção da família, seguindo uma ordem de fatores que somados, consegue-se ter um lar bem edificado, e uma porta sempre aberta para entrar as bênçãos de Deus; observe a ordem a seguir:


1.3.1 – Quanto à sexualidade: - "Gn 1:27,28, 1Co 7:2, Rm 1:26,27".
    A única forma de união conjugal permitida por Deus é a heterossexual, união entre pessoas de sexo oposto. No cap. 1:27 de Gênesis está escrito que Deus criou macho e fêmea e no Vers. 28, Deus ordena que o casal multiplique e encha a terra. Na primeira carta de Paulo aos Coríntios cap. 7:2 está escrito: "cada um tenha a sua própria esposa, e cada uma, o seu próprio marido. A união de pessoas do mesmo sexo, é resultado da situação pecaminosa do homem e é a consequência do próprio pecado. O homossexualismo, lesbianismo e o bissexualismo está escrito na carta de Paulo aos Romanos no cap. 1:26,27 como mudança de relacionamento conjugal contrário à natureza, ou seja, ao uso natural - a posição inicial estabelecida por Deus, de homem com mulher e mulher com homem. Rm 1:26,27 – "Pelo que Deus os abandonou às paixões infames. Porque até as suas mulheres mudaram o uso natural, no contrário à natureza". "E, semelhantemente, também os varões, deixando o uso natural da mulher, se inflamaram em sua sensualidade uns para com os outros, varão com varão, cometendo torpeza e recebendo em si mesmos a recompensa que convinha ao seu erro".

1.3.2 – Quanto à união - "Mt 19:5".
    Jesus condenou a união conjugal em que um homem tenha duas ou mais mulheres, ou em que a mulher tenha dois ou mais maridos. A forma aceita por Ele é a união monogâmica, que é a relação entre um homem e uma mulher, a bigamia e a poligamia constitui-se pecado, é biblicamente considerada como adultério. No evangelho de Mateus cap. 19:5, Jesus responde à multidão sobre a questão do casamento e enfatiza-o como a união entre um homem e apenas uma mulher, que tendo sido ajuntados no propósito do matrimônio tornam-se os dois uma só carne. Portanto, não há lugar para uma terceira ou mais pessoas nesta união. "Mt 19:5 - Não tendes lido que o Criador, desde o princípio, os fez homem e mulher e que disse: Por esta causa deixará o homem pai e mãe e se unirá a sua mulher, tornando-se os dois uma só carne? De modo que já não são mais dois, porém uma só carne".
    A palavra usada para descrever homem e mulher está no singular e não no plural, deixando claro que esta união não pode acontecer entre três ou mais pessoas.

1.3.3 – Quanto à pureza - "Lm 3:27, Hb 13:4, I Ts 4:3,4".
    O homem deve manter-se puro até o casamento – Lm 3:27 está escrito: "Bom é para o homem suportar o jugo da sua mocidade", qualquer ato sexual, entre indivíduos de sexo oposto antes da cerimônia nupcial e a realização judicial do casamento, torna-se prostituição, mesmo sendo entre pessoas solteiras. A bíblia denomina este ato como impureza. Na carta aos Hebreus no cap. 13:4 o escritor diz que: "venerado seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula; porém ao que se dão à prostituição e aos adultérios Deus o julgará". Em outras palavras, o escritor disse o seguinte: Aquele que faz sexo antes do casamento "formal" comente prostituição e recebe de Deus a punição como recompensa, ou deixa de ter o seu casamento abençoado por Ele. Leito (ato sexual) sem mácula (sem impureza sexual) é digno de honra, por ter sido realizado dentro dos propósitos de Deus para a constituição da família.
    Na primeira carta aos Tessalonicenses no cap.4:3 Paulo comenta sobre a vontade de Deus acerca da pureza sexual quando diz: "Porque esta é a vontade de Deus, a vossa santificação: que vos abstenhais da prostituição. Não resta dúvida que a relação sexual fora de tempo é sinônimo de maldição e sofrimento.

1.3.4 – Quanto a compatibilidade – "Am 3:3, 2 Co 6:14,15".
    A recomendação de Deus é que a união conjugal ocorra entre pessoas que professam o mesmo credo religioso, seria difícil o relacionamento entre pessoas que fazem parte de igrejas (denominação) diferentes. A curto ou médio prazo, os conflitos seriam inevitáveis, porque aos domingos por exemplo: – Cada um partiriam para lugares diferentes, gerando um desconforto e desgaste no relacionamento. Logo, alguém, teria que abrir mão de sua igreja para ir com o seu parceiro para a outra. No livro do profeta Amós cap 3:3 está escrito: "Andarão dois juntos se não estiverem de acordo?". O problema será mais grave ainda, se esta união se formar com uma pessoa incrédula (descrente/ não evangélica) com uma que já serve ao Senhor.
O apóstolo Paulo escrevendo a sua segunda carta aos Coríntios no cap. 6:14 ele diz: "Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas? E que concórdia há entre Cristo e Belial? Ou que parte tem o fiel com o infiel. A incompatibilidade descrita nesta carta de Paulo, é comparada a um jugo (canga), objeto de madeira que é posto sobre uma junta de bois, que são escolhidos e devem ter características semelhantes, caso contrário o jugo não se encaixa. Numa união conjugal os nubentes devem fazer parte de uma mesma fé religiosa para que possam caminhar juntos, seguindo a mesma direção e tendo os mesmos ideais. Um, não pode ir para o norte e o outro para o sul, se não a união não terá vitalidade.

1.4 – Preparação pré-nupcial dos nubentes – "Mt 1:18; Lc 1:27; 2.5".
O noivado (desposar), que ocorria um ano antes do casamento, era um contrato formal (Mt 1:18); Lc 1:27: "a uma virgem desposada com certo homem da casa de Davi, cujo nome era José; a virgem chamava-se Maria".
    Nesta passagem bíblica, quando Maria recebeu do Anjo Gabriel o anuncio que daria luz um filho, ela já estava desposada de José. Estava noiva. Durante este período que durava um ano até o casamento, tanto o homem quanto a mulher ficavam na casa de seus pais. Ali aprendiam todas as lições necessárias para serem felizes na vida conjugal.
Esta fase de desposados era tão importante quanto à de casados. O compromisso de fidelidade tinha o mesmo peso, de sorte que, se a mulher traísse o homem seria apedrejada até a morte e ele teria o direito à carta de divórcio, a liberdade para ficar noivo com outra pessoa. Dt 22:23, 24: "Se houver moça virgem, desposada, e um homem a achar na cidade e se deitar com ela, então trareis ambos a porta da cidade, e os apedrejareis, até que morram...". Mt 1:19; Os 2:2 "...porque ela não é minha mulher, e eu não sou seu marido...".

O período que antecedia o casamento era determinante para a construção de um casamento sólido. A mulher era ensinada pela sua mãe as tarefas do lar e os homens pelo pai a responsabilidade de provedor da família.
A mulher aprendia a cozinhar, tecer, costurar, e as atividades do campo, para em algumas ocasiões ajudar o marido. Aprendia a importância de ser discreta, calada, sensível, encantadora, e habilidades de organização e gerenciamento das finanças da família. Pv 9:13; 11.16, 22; 21.9 e 31:10-31. Ensinar os filhos era também uma de suas atribuições de esposa. Pv 1:8 e 6:20.
O marido por sua vez, era treinado a prover o sustento da família. O seu pai lhe ensinava a cuidar do rebanho, da lavoura, a construir a sua casa. Aprendia a importância da valorização da mulher como a parte mais frágil e sensível do relacionamento entre eles. Ele era estimulado a amar a sua futura esposa. O seu pai lhe ensinava que acima de tudo ele deveria temer a Deus, para que a sua família fosse feliz. Sl 128; Cl 3:19; I Pe 3:7.

A Igreja tem o sublime dever de conservar e ensinar aos pretensos nubentes a mesma ordem e os valores estabelecidos por Deus para a formação da família. Algo que hoje em dia é desprezado e desvalorizado pela sociedade sem Deus. Por isso, cabe aos obreiros da casa de Deus manter estes princípios bíblicos no seio da Igreja, ensinando-os a juventude que esmeram um dia formar a sua própria família.

1.5 – A Cumplicidade entre os Cônjuges – "Ef 5:22-33; Cl 3 18,19; Tt 2:4,5; Rm 7:2,3".
A cumplicidade conjugal só é possível quando ocorre a fusão das personalidades. Em o livro da Genesis no Cap. 2 e versículo 24 está escrito: "...e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne". Isso significa que ambos os cônjuges passam a pertencer um ao outro, e tudo passa a ser comum entre eles - convivência em um mesmo lar; dividem uma mesma cama; compartilham as alegrias e tristezas; traçam objetivos comuns para a trajetória do casamento, e planejam juntos à vida a partir do matrimonio.
A expressão "tornando-se os dois uma só carne", não quer dizer que deixarão de serem duas pessoas que tem seus sonhos e projetos pessoais, e uma vida individual na área profissional e educacional sendo desenvolvida, por exemplo. Mas, que mesmo sendo dois corpos distintos, vivem as suas particularidades inseridas no plano familiar, ou seja, seus projetos pessoais e individuais passam a agregar valores para a família e não ações que venha extingui-la. A família passa a estar inclusa num contexto que as realizações que visam o bem pessoal, refletem no bem maior para toda a família. Assim, a individualidade dos cônjuges não prejudica a edificação e vitalidade do matrimonio.
O processo de fusão da personalidade é lento e requer muitas vezes renuncias de um dos cônjuges. Elas são necessárias, por exemplo, quando a individualidade prejudica o todo, quando o objetivo individual do homem ou da mulher fere os objetivos comuns do casal. Neste caso, um deve ceder para o bem dos dois, ou do casamento. Esses conflitos ocorrerão em muitas fazes da vida a dois, e sempre que houver, faz-se necessário que um ou outro esteja disposto a abrir mão para o bem da jornada do barco do matrimonio. Talvez a falta desta renúncia de seus ideais individuais que prejudicam a família, seja um dos motivos de haver em processo sempre crescente a separação conjugal, a quebra de alianças. Por isso disse o profeta Amós no Cap. 3 e versículo 3 "não poderão andar juntos duas pessoas se não viverem de acordos".
A vida a dois deve ser sempre considerada como duas pessoas distintas vivendo em um mesmo corpo, onde as dores, as alegrias, as conquistas e derrotas são comuns entre ambos, de sorte que os dois sofrem e sentem juntos.
A seguir alguns valores importantes na formação da cumplicidade conjugal, que devem estar presente na vida dos cônjuges:

1.5.1 – Qualidades de uma boa Esposa – "Tt 2:4,5; Pv 31:10-31".
  • Deve ser amável, e amar seu marido;
  • Deve ser submissa ao marido;
  • Deve ser sensata;
  • Deve ser honesta;
  • Dever ser cuiodadosa com o lar (administrar bem);
  • Deve ser bondosa;
  • Deve ter um bom destemunho;
  • Deve cuidar bem do marido;
  • Deve cuidar bem dos filhos.

1.5.2 – Qualidades de um bom Marido – "Ef 5:22-33".
  • Deve ser amável, amar a esposa: Incondicionalmente, involuntariamente, e como a si mesmo;
  • Deve ser bom dirigente da família;
  • Deve cuidar bem da esposa;
  • Deve suprir as necessidades fisicas e espirituais da mulher e dos filhos (como sacerdote do lar);
  • Deve priorizar a sua família (esposa e filhos), dentre os demais parentes;
  • Deve cuidar bem dos filhos, como sacerdote e pastor do lar, os ensinado e os pisciplinado no temor do Senhor.


1.5.3 – A indissolubilidade da vida Conjugal – "Mt 5:31,32; 19:3-9; Mc 10:9-12; Rm 7:2,3".
O casamento deve ser indissolúvel na perspectiva bíblica. Jesus ensinou que o que Deus ajuntou não o separe o homem "Mc 10:9". À Luz da bíblia, somente a morte separa os cônjuges e dar ao homem ou a mulher o direito de se casar novamente "Rm 7:2,3".
Assim sendo. A aliança do casamento deverá ser inquebrável. A decisão de casar-se deve ser pensada como uma aliança para toda a vida, recheada de cumplicidade em amor. O casamento nunca deve ser iniciado, com o pensamento de que se não der certo divorciaremos. Isso porque, o divorcio não é algo do coração de Deus, ele foi instituído por Moisés "Dt 24:1-4" para resolver um problema que estava ocorrendo entre o povo judeu com relação à traição, em duas ocasiões, no período em que o casal estava desposado e durante o casamento. Isso porque o endurecimento do coração, não lhes permitia o perdão da infidelidade do cônjuge.
Certo é, que, a relação conjugal deve ser dirigida e ostentada pela palavra de Deus, desde a decisão de casar-se, e durante toda a trajetória do casamento. Sem a ajuda de Deus e a orientação de Sua palavra, o casamento não suporta a intempéries no mar da vida, sobre o barco do matrimônio.

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Pb Marlon S. Sousa

Um comentário:

Mary disse...

Se só depois de casados na noite de nupcias a mulher vier a saber que o marido é impotente e que não há reversão. Neste caso houve ou não direito ao divórcio?